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Teremos que mudar nosso nome para apagar rastros virtuais no futuro?


Navegar por aí é divertido. Criar contas em tudo que é re social também, mas veja só o que o presidente da empresa Google disse sobre nossas informações on line:







 Jovens podem ter que mudar nome para apagar passado na web, diz presidente da Google




Os jovens de hoje podem ser obrigados no futuro a mudar seus nomes
para se livrar dos rastros de suas atividades online passadas, advertiu o
presidente da Google, Eric Schmidt, em uma entrevista a um jornal
americano.



Schmidt afirmou ao diário The Wall Street Journal que teme que os
jovens não entendam as consequências de ter tanta informação pessoal
sobre eles disponível na internet.



"Eu não acho que a sociedade entenda o que acontece quando tudo é
disponibilizado, reconhecido e registrado por todos o tempo todo (...)
Eu quero dizer que nós realmente temos que pensar sobre essas coisas
como uma sociedade", disse ele.



Segundo o jornal, "ele (Schmidt) prevê, aparentemente sério, que
todas as pessoas jovens um dia terão direito automaticamente a mudar de
nome ao chegar à vida adulta para deixar para trás as travessuras da
juventude guardadas nos sites de mídia social de seus amigos".



"Não estou nem falando sobre as coisas realmente terríveis como terrorismo e acesso a coisas ruins", disse Schmidt.



Informações pessoais



Apesar disso, ele admitiu que a Google guarda cada vez mais
informações pessoais sobre seus usuários para ajudar em seus serviços.



Segundo ele, no momento a empresa sabe "razoavelmente quem você
é, razoavelmente o que você gosta e razoavelmente quem são seus amigos".



A Google, responsável pelo site de relacionamento social Orkut,
recentemente vem buscando aumentar sua presença no setor, com a
aquisição da Slide e da Jambool, duas empresas especializadas em prover
serviços para redes sociais.



A Slide é uma empresa de jogos online, enquanto a Jambool fornece
moedas virtuais e sistemas de pagamento. A Google também teria
investido recentemente em outra empresa de jogos para redes sociais
chamada Zynga.



Muitos acreditam que as aquisições são um sinal de que o gigante
das buscas online está prestes a lançar outra rede de relacionamentos
sociais.



Alguns comentaristas de tecnologia já até aventaram um possível nome para o serviço: Google.me.



Em fevereiro, a empresa se envolveu em uma polêmica ao lançar o
serviço de rede social chamado Google Buzz, ligado às contas de e-mail
Gmail. O serviço foi criticado por ser ativado sem pedir o consentimento
dos usuários, tornando visíveis ao público todos os contatos das
pessoas.



'Exagero'



Apesar do tom alarmista da entrevista de Schmidt, alguns especialistas em tecnologia consideram sua avaliação "exagerada".



"A ideia de que tudo está registrado online não é verdade", disse à BBC a consultora de mídia social Suw Charman-Anderson.



"Deve levar bastante tempo até que isso se torne verdade, por causa da enormidade da internet."



Arquivos como o Google Cache, que guardam versões antigas de sites, são seletivos, lembra ela.



"O Google Cache é um instantâneo tirado periodicamente de parte da internet. No momento, é algo incerto", diz.



Algumas companhias já apareceram oferecendo serviços de "limpeza"
de perfis na internet, mas Charman-Anderson argumenta que é necessária
uma mudança de atitude em relação ao conteúdo pessoal na internet.



"Sempre há uma diferença de tempo entre a introdução de novas
tecnologias e o desenvolvimento de uma série de normas sociais em torno
do comportamento que essa tecnologia fomenta", diz ela. 





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